Numa altura em que os incêndios continuam a não dar tréguas, os termómetros vão registar uma ligeira descida das temperaturas, mais significativa no Alentejo e no Algarve, de acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Para esta terça-feira, as previsões apontam que o céu estará pouco nublado ou limpo, "com mais nebulosidade até ao meio-dia e para o fim do dia". Há, ainda, a probabilidade de "chuviscos no litoral da região centro" ao final do dia.

"Vento fraco a moderado (até 30 km/h) de norte/noroeste, temporariamente de sudoeste na costa do sotavento algarvio durante a tarde, soprando moderado a forte (30 a 45 km/h) e com rajadas até 65 km/h na faixa costeira ocidental a sul do Cabo Carvoeiro e nas terras altas, em especial a partir da tarde", pode ler-se nas previsões do IPMA.

As máximas deverão rondar os 28 graus, com algumas regiões a poderem chegar aos 33 graus. Para os próximos dias, a situação deverá manter-se, com as temperaturas a subirem ligeiramente na quarta-feira.

Esta mudança nas condições meteorológicas pode representar uma janela de oportunidade no combate aos incêndios que continuam a afetar vários concelhos do território nacional. No entanto, as autoridades alertam que esta descida não deve ser motivo para baixar a guarda.

Mais de 80 concelhos em risco máximo de incêndio

Mais de 80 concelhos continuam esta terça-feira em perigo máximo de incêndio rural. Para os próximos dias está previsto um desagravamento do risco, segundo o IPMA.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.

Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam 201.419 hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

- Com Lusa