
Na sua primeira intervenção na missa em honra de São Tiago Menor, que decorre numa Sé do Funchal bem composta de fiéis, o Bispo D. Nuno Brás aproveitou para pedir, "mais uma vez" proteção à cidade e aos seus habitantes e trabalhadores, tal como fizeram desde os primórdios da instalação nestas terras.
D. Nuno Brás, que dirige a cerimónia que, não fosse a ameaça de chuva, a esta hora decorreria na igreja de São Tiago Maior, na zona velha do Funchal, salienta na homilia sobre amizade, sobre o amor, sobre o temor, todas presenças de Deus na nossa vida, apesar da infinita distância em que está de nós.
O Bispo do Funchal lembra aos fiéis que não faltam sinais da presença divina na cidade do Funchal, a começar nas igrejas, passando pelo nome das ruas, mesmo nas montras em que há presença da divindade ou da cruz em diversos recantos, sem esquecer o Natal, quando a fé se representa de forma acentuada. Por isso, realça que a presença de Deus sempre esteve na vida dos funchalenses, sobretudo porque isso se sente nas pessoas, nas suas casas e na sua fé.
"A cidade proclama ao Mundo que a chave para entendermos a realidade não é o conflito, mas o amor, não é o indivíduo, mas a comunidade trinitária de Deus, princípio e fim de tudo", atirou, lembrando que 'a presença de Deus está nos pobres e necessitados, presença que clama, que nos convida a olhar para o outro, para deixarmos o egoísmo do pecado e a olhar decididamente o Nós da salvação", aspira.
Em conclusão, tal como no passado os habitantes desta cidade confiaram em São Tiago Menor num momento de aflição, também espera D. Nuno Brás que os actuais habitantes procurem "construir uma cidade cada vez mais humana", onde "viver na presença de Deus possa ser um dom e uma felicidade", uma "cidade que nos faça saborear, antecipadamente, a felicidade eterna do Céu".
Numa parte símbolica da cerimónia, presidenre e vereadores da Câmara Municipal, tal como é tradição, entregaram ao padroeiro o seu bastão e a Chave da Cidade, para que São Tiago Menor continue a proteger o Funchal de todos os males.