A administração de Joe Biden, ainda presidente dos Estados Unidos da América, planeia perdoar um montante de 4,65 mil milhões de dólares (o equivalente a 4,42 mil milhões de euros) de dívida detida pela Ucrânia, fazendo com que o país não tenha de devolver este montante mais tarde, segundo uma carta enviada ao Congresso norte-americano, do dia 18 de novembro, a que a Bloomberg teve acesso.
Este montante representa cerca de metade de um empréstimo de 9 mil milhões de dólares, acordado em abril deste ano pela Casa Branca, como parte de um acordo total de 60 mil milhões de ajuda à Ucrânia.
A anulação deste montante em dívida “ajuda a Ucrânia a manter-se na luta, é do interesse nacional dos Estados Unidos e dos seus parceiros da União Europeia, do G7 e da NATO”, pode ler-se no mesmo documento.
A concretizar-se, será mais um apoio de Biden nas suas últimas semanas enquanto inquilino da Casa Branca, antes do novo presidente eleito, Donald Trump, assumir o cargo. O republicano já prometeu terminar com a guerra assim que tomar posse e Kiev teme que isso signifique um corte no financiamento por parte da maior economia do mundo.
Nos últimos dias, a Casa Branca autorizou a Ucrânia a utilizar pela primeira vez mísseis de longo alcance produzidos nos Estados Unidos da América para atingir alvos estratégicos na Rússia. Esta quarta-feira, a administração de Joe Biden chegou-se à frente com um novo cheque de 275 milhões de dólares para reforço militar.
Esta intenção de Biden já teve oposição de alguns republicanos, como o senador Rand Paul, do estado do Kentucky, que recorreu ao X (antigo Twitter) para dizer que irá impedir "que a administração Biden torne a dívida da Ucrânia uma responsabilidade do povo americano”.