O Presidente dos Estados Unidos diz que Israel tem o direito de atacar o Hezbollah, caso o movimento xiita quebre o acordo de cessar-fogo. Esta terça-feira, depois do primeiro-ministro israelita anunciar um cessar-fogo no Líbano, Joe Biden defendeu que não foram os israelitas que começaram a guerra no Médio Oriente.
"O Hezbollah e outras organizações terroristas apoiadas pelo Irão atacaram Israel em apoio aos Hamas. Sejamos claros, Israel não começou esta guerra. Se o Hezbollah ou alguém quebrar o acordo, e for uma ameaça direta a Israel, então, Israel mantém o direito à autodefesa consistente com o Direito Internacional”, disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
As reações ao cessar-fogo surgiram logo após o anúncio de Benjamin Netanyahu. O Primeiro-Ministro do Líbano pede que as tréguas avancem de imediato e não apenas amanhã. Mais tarde, falou ao telefone com Joe Biden e saudou o acordo que foi mediado pelos Estados Unidos.
A reação também chegou de Berlim: fala num raio de esperança para toda a região. Também a ONU saudou o acordo entre Israel e o Hezbollah. O chefe da diplomacia europeia elogia França, um elogio também feito por Biden.
“Quero agradecer ao presidente Macron, de França, pelo seu papel para chegar a este momento. Durante quase 14 meses, um conflito mortal assolou a fronteira entre Israel e o Líbano. Um conflito que começou um dia após o ataque de 7 de outubro perpetrado pelo Hamas em Israel”, disse Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
O presidente dos Estados Unidos anunciou, também, que o país vai liderar um novo esforço para também conseguirem um acordo de cessar-fogo em Gaza. O presidente norte-americano diz que o Hamas só tem uma saída: libertar todos os reféns na Faixa de Gaza.
“Assim como os libaneses merecem um futuro seguro e próspero, as pessoas em Gaza também. Elas também merecem que o conflito e a deslocação acabem. As pessoas em Gaza passaram por um inferno. O Hamas recusou-se durante meses a negociar a boa-fé, um cessar-fogo e uma troca de reféns. Agora, o Hamas tem de fazer uma escolha. A única saída é libertar os reféns, incluindo os cidadãos americanos que eles retém. Nos próximos dias, os Estados Unidos farão mais uma tentativa com a Turquia, o Egito, o Catar, Israel e outros… para chegar a um cessar-fogo em Gaza”