O Bloco de Esquerda entregou uma queixa à Procuradoria-Geral da República sobre o navio de bandeira portuguesa que, garante, transporta explosivos para a produção de armas em Israel. Mariana Mortágua alerta para que, no futuro, Portugal possa vir a ser acusado de cumplicidade de genocídio em Gaza.

Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, a líder do Bloco de Esquerda explica que o que o partido "está a tentar fazer é uma exposição à PGR para que possa intervir e garantir que o direito internacional é cumprido por parte do Estado português".

Mortágua garante que o navio com bandeira português tem "pavilhão registado na Madeira".

"Portanto, está ao abrigo das convenções que Portugal subscreve. Portugal é responsável por garantir a legalidade deste navio", lembra a deputada.

Garante que a embarcação a que se refere "leva explosivos para Israel", onde, acrescenta, serão usados para fabricação de armamento.

Informa também que há países que estão a rejeitar que este navio atraque "por violação das normas internacionais".

"O que Portugal tem de fazer ao abrigo das normas internacionais e em cumprimento das normas internacionais é das duas umas: retirar o pavilhão ou garantir que não há explosivos dentro deste barco, e quando digo retirar o pavilhão digo retirar a bandeira portuguesa deste navio", refere.