O primeiro resgate foi realizado a 11 milhas (cerca de 18 quilómetros) da costa da ilha de El Hierro, onde foi localizada uma embarcação com 62 migrantes.

Eram 51 homens, seis mulheres e cinco menores, incluindo um bebé de dois anos, segundo os serviços de urgência, que tiveram de transferir um dos migrantes para um centro de saúde devido a várias patologias.

Já de madrugada, um barco com 51 pessoas de origem subsariana chegou sozinho à praia de Armeñime, no sul de Tenerife, incluindo 38 homens, dez mulheres e três menores.

Nas águas a nordeste de Lanzarote, foram resgatados consecutivamente três barcos insufláveis por volta das 7:00 (hora local), cujos ocupantes foram desembarcados no porto de Arrecife.

Na primeira embarcação, havia 66 pessoas de origem subsariana, das quais 58 homens, sete mulheres e um menor.

No barco seguinte, seguiam outros 66 subsaarianos e no terceiro resgate foram socorridos 36 homens norte-africanos, incluindo um menor de idade.

Espanha - com costas no Mediterrâneo e no Atlântico e com duas cidades que são enclaves no norte de África (Ceuta e Melilla) - é um dos países da União Europeia (UE) que lida diretamente com maior número de chegadas de migrantes em situação irregular que pretendem entrar em território europeu.

A questão das migrações e da situação que se vive nas Canárias levou já a duas deslocações este ano do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, a países da África ocidental, por considerar o Governo espanhol que os números inéditos de chegadas se deve em grande parte à instabilidade política nos países do Sahel.

Os migrantes chegam às Canárias em embarcações precárias e fazem pedidos de proteção internacional.

Este tema tem levado também a debate político em Espanha, desde logo sobre o acolhimento de menores, com o Governo a acusar a oposição de direita e extrema-direita de levar à sobrelotação de centros de acolhimento de menores por recusar a transferência de crianças e jovens não acompanhados para outras regiões autónomas espanholas.

IM (MP)// ACL

Lusa/Fim