
O Presidente da República pediu esta quinta-feira que não se façam apelos desproporcionais para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil para combater os incêndios, argumentando que há o risco de banalizar esse tipo de pedido.
A prioridade, defende Marcelo Rebelo de Sousa, deve ser "prevenir o que possa acontecer nas próximas semanas" e "não recorrer a meios extremos" como se a "situação fosse da gravidade" vivida já em outros países.
Declarações do Presidente da República depois de, na quarta-feira, o presidente da Câmara de Ponte da Barca ter pedido ao Governo para que fosse acionado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
"Parece que é prudente não começar por fazer apelos que são desproporcionados em relação ao tempo que vivemos e às circunstâncias que vivemos, banalizando esse pedido e tornando mais difícil, no caso de uma emergência mais grave, o recurso a ele", disse.
Marcelo explicou que esteve na Proteção Civil - sem a presença da comunicação social - na passada terça-feira e foi dessa ida que "recolheu essa sensação" sobre o acionamento do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
O Presidente da República disse ainda, sobre o incêndio em Ponte da Barca, que o município já está a receber apoio de meios espanhóis, lembrando que "há um acordo que diz que até 25 quilómetros da fronteira há uma intervenção automática de um lado e de outro".
Portugal pediu assistência de satélite à União Europeia, através do sistema Copernicus, mas ainda não ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Com Lusa