Pelo menos 12 pessoas morreram esta terça-feira em ataques israelitas na região de Bekaa, no leste do Líbano, noticiou a agência estatal ANI, tendo Israel afirmado que visou posições do movimento Hezbollah.

"Aviões de combate inimigos efetuaram ataques na zona de Wadi Fara, no norte do vale do Bekaa, um dos quais contra um campo de deslocados sírios, causando a morte de 12 mártires, dos quais sete sírios", informou a ANI.

O ataque causou também oito feridos, acrescentou.

O exército israelita já tinha anunciado, em comunicado, o ataque contra "vários alvos terroristas da organização terrorista Hezbollah na região de Bekaa".

De acordo com o exército israelita, foram atacados "acampamentos militares" das "Forças Radwan", uma unidade militar de elite do movimento xiita libanês Hezbollah.

Israel tem realizado vários ataques no sul do Líbano nos últimos dias contra alegados armazéns e infraestruturas do Hezbollah, no que referiu ser "uma missão defensiva na fronteira libanesa para proteger a segurança dos cidadãos" e "eliminar qualquer ameaça" contra o país.

Na sexta-feira, o Presidente do Líbano, Joseph Aoun, pediu a Israel que se retire dos cinco pontos que ocupa no sul do Líbano, alegando que esta presença "impede a deslocação do exército para a fronteira".

O acordo de cessar-fogo que pôs fim à guerra entre o Hezbollah pró-iraniano e Israel, em novembro, estipula que apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz devem ser destacados para o sul do país.

Os militares israelitas justificam estes ataques contra o Líbano com a necessidade de fazer frente às atividades do Hezbollah, não considerando, por isso, que constituam violações do cessar-fogo.

No entanto, Beirute e o Hezbollah criticaram estas ações, também condenadas pelas Nações Unidas.

Com LUSA