Um dia depois da queda do Governo da Madeira, o presidente do Executivo regional, Miguel Albuquerque, voltou, esta quarta-feira, a dizer que é o candidato do PSD às eleições regionais.

"Neste momento precisamos de consensualizar princípios e entrarmos em convergência no sentido de darmos luta aos adversários externos", apontou Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo Regional da Madeira reiterou ainda que não haverá eleições internas no partido e fala numa "soberba e ganância pelo poder onde tudo vale".


Moção de censura faz cair Governo madeirense

A Assembleia Legislativa da Madeira aprovou ontem, por maioria, a moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional minoritário do PSD, liderado por Miguel Albuquerque, o que implicou a queda do Executivo.

O documento recebeu os votos a favor de toda a oposição - PS, JPP, Chega, IL e PAN, que juntos reúnem 26 eleitos, ultrapassando assim os 24 necessários à maioria absoluta -, enquanto o PSD e o CDS-PP (que tem um acordo parlamentar com os sociais-democratas) votaram contra.

A aprovação da moção de censura, uma situação inédita no arquipélago, implica, segundo o Estatuto Político-Administrativo da Madeira, a demissão do Governo Regional e a permanência em funções até à posse de uma nova equipa.

Em novembro, o Chega justificou a apresentação do documento com as diferentes investigações judiciais envolvendo Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos.