A candidata do ADN – Alternativa Democrática Nacional à Câmara Municipal do Funchal, Carolina Martins, defendeu este sábado, 23 de Agosto, que a saúde mental deve ser assumida como prioridade estratégica, alertando para “lacunas graves” no acesso aos cuidados e pedindo uma "intervenção urgente".

Em nota emitida, a candidatura identifica várias áreas críticas, entre elas, a falta de recursos humanos. Segundo a candidata, o número de psiquiatras na Região "é insuficiente", originando tempos de espera considerados "incompatíveis com a urgência de muitos casos". No que respeita à pedopsiquiatria, Carolina Martins refere que existe "apenas um profissional no serviço público para toda a Região", uma realidade que considera “inaceitável” perante o aumento de situações de ansiedade, depressão e perturbações do neurodesenvolvimento em crianças e jovens.

Também a presença de psicólogos é apontada como insuficiente pelo ADN, que defende existência de, pelo menos, dois profissionais por concelho, de forma a garantir maior eficácia e a evitar situações em que o mesmo psicólogo acompanha vários membros da mesma família.

Outro ponto destacado é a saúde mental comunitária. A candidata do ADN critica a falta de recursos nas equipas, que inicialmente teriam financiamento europeu, mas que, segundo o partido, acabou por ser canalizado para outras infra-estruturas, "não prioritárias (casinhas de saúde), o que enfraqueceu a resposta". O reforço das equipas é considerado essencial para garantir proximidade, prevenção e promoção da saúde mental.

No que toca ao internamento de agudos em psiquiatria, Carolina Martins sublinha a necessidade urgente de criar uma unidade própria na Madeira. A ausência da resposta obriga "a transferências para o continente", o que, segundo a candidata, atrasa os tratamentos, sobrecarrega famílias e “desumaniza” o acompanhamento clínico.