"A criatividade de hoje é a cultura de amanhã", afirmou este sábado, 14 de Junho, o orador principal da 11.ª edição do Mesclarte - Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas, John Howkins, considerado por muitos o pai da Economia Criativa.

Reconhecendo que "a criatividade é um trabalho duro" e muitas vezes pouco reconhecido e mal recompensado, John Howkins destacou que as indústrias criativas aumentam o valor de outras industrias, razão pela qual os países apoiam activamente a economia criativa, fomentando o seu crescimento.

A economia criativa, disse, registou uma evolução exponencial ao longo dos anos, sendo que actualmente a "criatividade está muito fragmentada" e tem se tornado "comum, rápida, barata".

John Howkins manifestou a sua preocupação com o crescimento e a banalização do uso da inteligência artificial, lembrando que se trata de uma máquina e questionando "quem está no comando?". O "pai" da Economia Criativa apelou à valorização do trabalho artístico e cultural feito pelos humano.

John Howkins é um estrategista líder em criatividade e inovação. Publicou as suas ideias pela primeira vez em 'The Creative Economy em 2001', que se tornou o livro padrão da economia laranja ou economia criativa (revisto em 2013). Desenvolveu ideias em 'Economias Criativas: Onde Pensar é um Trabalho Adequado' (2006). O seu livro 'Invisible Work' (2020) mostra como o trabalho pessoal privado é a chave para o futuro, incluindo a nossa relação com a Inteligência Artificial (IA).