"Para ser franco e honesto, não", disse o dirigente, que manteve algumas dúvidas para o futuro e quando seis dos clubes ingleses que integravam o grupo de 12 fundadores da anunciada competição, abandonaram o projeto.

Agnelli, que falou antes de ter sido também oficializada a saída de Atlético de Madrid e Inter de Milão, disse à Reuters estar convicto da importância que a Superliga teria, mas admitiu que nas atuais circunstâncias o projeto não tenha condições para avançar.

"Continuo convicto da beleza do projeto, do valor que poderia ter dado à pirâmide, da criação da melhor competição do mundo. Mas admito que não seja assim. Agora não acredito que o projeto esteja pronto para avançar", considerou.

O dirigente na segunda-feira tinha dito que existia um "pacto de sangue" entre os 12 clubes fundadores para que a competição fosse uma realidade.

"Há um pacto de sangue entre os nossos clubes, a Superliga tem 100 por centro de probabilidades de sucesso, vamos seguir em frente", disse.

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram no domingo a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores -- apesar de só terem sido revelados 12 -- e outros cinco, qualificados anualmente.

Entretanto, a UEFA avisou que iria excluir todos os clubes que integrassem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Algumas horas depois, após sofrerem grande contestação dos adeptos e críticas do primeiro-ministro Boris Johnson, os seis clubes ingleses anunciaram a saída do projeto, e já hoje Atlético de Madrid e Inter de Milão fizeram o mesmo.

No projeto, menos de 48 horas após o anúncio da sua criação, mantêm-se o Real Madrid, FC Barcelona, Juventus e AC Milan.

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