Satisfeito pela goleada sobre o Rio Ave, num "jogo interessante e competitivo", diante de um Rio Ave que está "melhor fisicamente", Jorge Jesus deixou elogios a Cristiano Ronaldo e também à forma como se está a entender com João Félix.

"Ele é um fenómeno. Viram que este estádio estava cheio por causa dele. Sem ele não estaria cá ninguém. É uma coisa diabólica, não tinha a noção daquilo que ele é para a juventude. Não precisa de muitas oportunidades para marcar. Hoje fez 3. O penálti... Ele é que quis, como capitão, dar ao Mané. Mas na segunda vez quis ser ele a bater", disse, ao Canal 11.

Em relação à dupla CR7-Félix, Jesus vê progressos. "Apesar de se conhecerem, estão mais juntos, jogam mais em função um do outro. O Félix está muito melhor fisicamente, posicionalmente e tecnicamente. Estamos todas à procura do nosso espaço."

Questionado sobre o que disse a Félix para o convencer, JJ não abriu o jogo mas revelou que a sua primeira investida foi há bastante tempo. "Ele era jogador do Chelsea. Podia ir para outra equipa, conforme o que lhe dessem. Eu acredito no futebol dele, tem uma características que se enquadram na forma como encaro o jogo ofensivo. E já no ano passado, quando estava no Al Hilal, tentei e ele não quis. Este ano fiz o convite praticamente quando assumi o Al Nassr. Foi logo e depois, só passado um mês e tal, é que foi possível. Ele fez a opção certa. Está num país em que ou joga ou joga. Na Arábia Saudita não há divertimentos de noite, não há distrações. Só tem uma hipótese, jogar, estar com amigos...".

"Estou a conhecê-lo. Temos uma ideia do que vemos. Depois de trabalhar temos outra ideia. Estou muito entusiasmado pela forma como aborda, pensa e decide o jogo, mas acho que ainda vai subir outros patamares."

Jesus falou ainda de Darwin Nuñez, que está a caminho do rival Al Hilal. "Era uma hipótese, mas o Darwin é como primeiro avançado, nós temos o Cris. Não jogavam muito bem os dois. Vai para o rival, tenho pena. Nós andamos à procura. No Al Nassr saíram 3 estrangeiros - Duran e ainda vão sair o Laporte e o Otávio. O Otávio, eu gosto dele, mas para o quero na equipa, preciso de um extremo e ele não é extremo. E tive de fazer essa escolha. Andámos a tentar. Mas em Portugal já não".