Ainda não foi desta que Daniel Ramos conseguiu vencer, ainda não foi desta que o Estrela conseguiu vencer fora de casa. Em Vila das Aves, AFS e Estrela da Amadora empataram (1-1) e somam assim mais um ponto na luta pela manutenção.

Léo Cordeiro inaugurou o marcador bem cedo, ato replicado por Baptiste Roux no reatar da partida depois do intervalo. O Estrela foi mais capaz ofensivamente, mas pecou na finalização, enquanto o AFS aproveitou a bola parada - tal como no último jogo em casa, diante do Benfica.

Estrela mais brilhante

Na luta pela manutenção em Vila das Aves, a partida começou animada. Desde os primeiros toques na bola, as equipas demonstraram vontade de chegar perto das balizas e fazer mossa no adversário, rumo à vitória. Processos simples, muita profundidade e aproximações perigosas.

@Catarina Morais / Kapta +

Aos oito minutos da partida, os primeiro momentos decisivos do jogo. O AFS podia ter chegado ao golo na sequência de um canto, mas Brígido respondeu com uma defesa brilhante. O brilho, esse, catapultou-se para o outro lado do campo ainda no mesmo minuto. André Luiz, a mais cintilante das Estrela(s), partiu a defesa avense em mil bocados e assistiu Léo Cordeiro para o primeiro da partida.

O golo não mudou o ritmo do jogo e as equipas continuaram bem ofensivas até cerca da meia hora. Fernando Fonseca e Kikas tentaram chapelar os guardiões adversários, mas estes estavam atentos.

No último quarto de hora, a velocidade abrandou e as equipas foram esperando pelo intervalo. Talvez pela época natalícia, a partida entrou em águas de bacalhau, no meridiano do jogo, era o Estrela quem estava mais perto de comer as batatas.

A senda continua

A entrada do segundo tempo foi similar à primeira e, numa bola parada, o AVS empatou a partida. Na sequência de um canto, Roux apareceu esquecido ao segundo poste e fuzilou, com muita maestria, a baliza tricolor. Tudo empatado com muito tempo para jogar.

O golo que nivelou as contas do resultado não trouxe apatia ao jogo. Ao contrário do que seria expectável, foi o Estrela da Amadora quem cresceu com o golo sofrido. Com boas combinações - e poucos toques na bola -, os tricolores tiveram nos pés de Kikas e André Luiz duas oportunidades clamorosas de golo. O relvado traiu o primeiro, Simão Bertelli travou o segundo, num lance que poderia ter tido outro final se o avançado brasileiro não quisesse adornar com um calcanhar.

À medida que o coronómetro andava, mais se sentia a superioridade estrelista na partida. Revigorados - Jovane, Bucca e Rodrigo Pinho entraram e acrescentaram qualidade -, os comandados de José Faria encostaram os avenses às cordas, mas sem muito critério na decisão final.

Já nos descontos, Rodrigo Pinho e Bucca ainda fizeram estremecer a baliza com remates a embater na barra da baliza de Bertelli. Caso para dizer que a estrelinha esteve do lado do adversário do Estrela.

O resultado não se viria a alterar mais até ao final do jogo, confirmando-se a tendência das duas equipas: o Estrela não ganha fora, o AFS, com Daniel Ramos, não consegue vencer.