Com 62 anos, Mthembu foi o primeiro membro do gabinete da África do Sul a sucumbir à covid-19, depois de ter testado positivo no dia 11 de janeiro.

"Mthembu foi um líder exemplar, um ativista e campeão vitalício da liberdade e da democracia", disse o Presidente Cyril Ramaphosa, acrescentando: "Ele era um colega e camarada muito amado e muito respeitado, cuja morte deixa a nossa nação a perder".

A morte de Mthembu ocorre quando a África do Sul combate uma segunda vaga de covid-19, impulsionada por uma nova variante do vírus que é cerca de 50% mais infecciosa, de acordo com especialistas em saúde.

Mthembu foi nomeado porta-voz do partido governante do Congresso Nacional Africano (ANC), em 2007, e tornou-se membro do Parlamento alguns anos mais tarde.

Foi o ministro da Presidência, responsável pela comunicação das decisões do gabinete e, desde o início da pandemia que coordenava as mensagens-chave do governo sobre o vírus.

"Perdemos uma pessoa notável para o ANC, ele percorreu um longo caminho desde estudante nos anos 70 até se tornar um líder no ANC", disse Jessie Duarte, secretária-geral adjunta do ANC.

Para o antigo porta-voz do partido da oposição, Solly Malatsi, Jackson Mthembu foi "uma rara exceção entre os ministros, pois valorizava muito a responsabilidade e nunca se afastou de questões difíceis".

"Ele tinha uma habilidade impecável para brincar que podia descongelar os momentos mais tensos entre os opositores políticos", acrescentou.

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