"É retomada a emissão de vistos de turismo e os viajantes que no momento da entrada no país apresentem um teste negativo, realizado nas últimas 72 horas, ficam isentos do regime de quarentena", disse Filipe Nyusi, numa declaração à nação a partir da Presidência da República, em Maputo.

Além da retoma da emissão de vistos para o turismo, Filipe Nyusi anunciou que a validade do teste exigido para sair e depois regressar ao país (múltiplas entradas) passa a ser de 14 dias a partir da data da colheita da amostra.

As crianças, até aos 11 anos estão isentas de apresentar testes à covid-19 ao entrarem em Moçambique, avançou o Presidente.

Por outro lado, o chefe de Estado anunciou o reinício, sem a presença do público, de todos campeonatos nacionais a partir de 15 de novembro, bem como a retoma de treinos das seleções nacionais e modalidades individuais que têm compromissos internacionais.

"Com base nas experiências dos sistemas que já retomaram as aulas [10.º,12.º ano e ensino superior e técnico], deverão também retomar as aulas da 7.ª classe e alfabetização de adultos no dia 02 de novembro", acrescentou.

Apesar dos alívios graduais, o chefe de Estado moçambicano pediu que o país mantenha as medidas de prevenção, alertando que as autoridades moçambicanas foram instruídas a reforçar a fiscalização.

"Esta batalha não pode ser vencida apenas pelo serviço nacional de saúde, é um desafio de todos nós", declarou Filipe Nyusi, admitindo que, mesmo que se descubra uma vacina para a doença, a possibilidade de Moçambique conseguir tê-la disponível no próximo ano é reduzida.

A situação de calamidade pública foi decretada em 04 de setembro, após o término do segundo estado de emergência no país, e só foi possível após uma revisão da legislação.

Moçambique mantém, no geral, as restrições que o país adotou nos últimos seis meses, com destaque para o uso obrigatório de máscaras e a proibição de aglomerações.

Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, o país registou um total de 12.525 casos, 91 óbitos e 10.001 (79%) pessoas são dadas como recuperadas, segundo as últimas atualizações.

Em África, há 42.152 mortos confirmados em mais de 1,7 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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