Duas das vítimas estavam em estado grave, incluindo uma mulher grávida com lesões abdominais e um homem com ferimentos de bala na cabeça e pescoço, de acordo com os hospitais israelitas que receberam os feridos.

O tiroteio ocorreu enquanto o autocarro esperava num estacionamento perto do Muro das Lamentações, considerado o local mais sagrado onde os judeus podem rezar.

Zaki Heller, porta-voz do Magen David Adom, o equivalente israelita da Cruz Vermelha, disse que todos os feridos, uma mulher e seis homens, estavam conscientes quando os socorristas chegaram ao local do ataque, junto ao Túmulo de David.

A polícia israelita disse que forças foram enviadas ao local para iniciar as investigações. As forças de segurança israelita também invadiram o bairro palestiniano vizinho de Silwan, perseguindo o suspeito do ataque.

Em 07 de agosto, Israel e a Jihad Islâmica Palestiniana (JIP) acordaram um cessar-fogo, para colocar fim a uma escalada de violência de três dias, que deixou pelo menos 44 palestinianos mortos, incluindo 15 crianças, e mais de 360 feridos.

O acordo de cessar-fogo, mediado pelo Egito e anunciado pela Jihad Islâmica e Israel, foi antecedido e seguido pelo lançamento de uma série final de projéteis de artilharia a partir de ambos os lados beligerantes na Faixa de Gaza.

Durante os últimos três dias de hostilidades, a Jihad Islâmica disparou mais de 930 'rockets' de Gaza para Israel, segundo estimativas do exército israelita, a grande maioria dos quais caiu em áreas despovoadas ou foi intercetada pelo sistema de defesa aérea israelita, segundo a mesma fonte.

Os bombardeamentos israelitas, em contrapartida, atingiram mais de 160 alvos, alegadamente pertencentes ao JIP. Estas incluíam instalações de fabrico e armazenamento de armas, locais de lançamento de foguetes e uma rede de túneis alegadamente utilizados pelo grupo, considerado "terrorista" por Israel, pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia.

De acordo com Mohamad al-Hindi, que dirige o departamento político da Jihad Islâmica em Gaza, as condições do acordo de cessar-fogo incluem o abrandamento do bloqueio israelita a Gaza, a entrada de combustível para a reativação da central elétrica e a libertação de um membro do grupo encarcerado por Israel.

Este prisioneiro é Bassem Saadi, um líder superior do grupo, cuja detenção por Israel na Cisjordânia ocupada no início do mês elevou a tensão, que culminou na escalada, a mais sangrenta em mais de um ano.

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